Lento, em passos miudos, vão as pernas do homem solitário. O seu assobio ecoa baixinho pelos meandros da paisagem, reverberando em cacofonia nos ambulantes ouvidos.
As vias de pedras marcam o sentido frio e estático do ambiente mórbito, escondendo nas profundesas de seus lugares a vida calada e sofrida a se reproduzir sem findar.
Lento e miudo, o vento vai caminhando pelas vias da floresta imortalizada pelas ruínas resguardadas na paisagem, no tempo das memórias.
Lento, os olhos perscrutam, os sosláios trafegam pelas paisagens a recriar espacilidades já inexistentes no real, percebendo os iguais a vagarem sem prumo pelas estradas calçadas pelas frígias pedras do tempo do ser.
Assim, macambo e quieto, os olhos vagam pelos cantos das ruínas, ainda vivas, a perscrutar a existência de resquícios, mínimos, de vivências que recorrem a sua própria. Acabando por tornar-se solitário, calado no universo do pretérito perfeito do ser.
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