quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Mantras Anônimos

 As palavras serenas,
como calmas águas vão
diluindo-se em sons, pedras...
Na alma pura e só.
Batem como canção
de amor e amizade, 
no coração.
Não é viceral vêio de
dor, em ardor, volúpia
insana, espinho.
Somente paz sensata.
Apazigua o furor
cheio de paixões torpes,
desvairadas.
Nem sempre insólitas,
as vezes amiúde...
nem sempre sendo
presentes, ausentes...
Mas acompanhando
quem as leva junto à alma.

domingo, 19 de agosto de 2012

Noturno

Longos dias no qual as
 distâncias não se
 dissipam, nem mesmo
na profundidade
dos sonos, da noite
silênciosa  e escura.
A tristeza simples
e calma soa amiúde.
Delicadamente
as notas tristes do
piano tocam com
a harmonia da dor
e cada dor que eu
sinto tocam com as
notas de uma triste
noite ansiosa e
desassossegada.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ecos - Alma da Terra

A sombra do eco 
reverbera...
na solidão da paisagem
verde,
verde...
Das gramíneas semi-mortas.

No coração da terra
a solitária flor surge...
como o eco do vento sem destino...
E na turbulência de vozes 
o silêncio prevalece...e morre...

Em ecos e em coro
as vozes pulsam, pulsam
definhando-se, 
somatizando-se...
decapitadas.

E degoladas não morrem, 
não é morte!
Como suspiro profundo
ecoa e choca, 
como fome...
que faz chorar.

E sem eco, sem choro, 
sem grito, canta!
é o hino que vive
com a flor que pulsa...
como flauta solitária
e esperançosa...






domingo, 29 de abril de 2012

Rupturas...

A pueira da rua se expande...
o som do saxofone a engole...
a mulher bêbada e excitada
deixa o copo cair...

O chão embriagado
com a baba dos andrajosos...
embebecidos com o sereno
vomitam  a semente branca...

a flor sozinha na noite...
balança suas pétalas...
e  seu odor é levado pelo vento.
os pombos defecam em seu polén...

A palavra na placa é cheia de geometrias....
e as silhuetas trafegam sobre pedras...
Outras empurram pedras.
E as pedras camuflam as sombras.

O abajur está ligado...
a cadeira balança de um lado
e, do outro, o corpo semi-nu se lança...
e um bofejo preenche a alcova...

A sua palavra revela o medo.
O medo é enquadrado no papel...
o papel é selva.
O pensamento observa a silhueta nua.

Lá fora passa uma arca...
veloz e extridente desperta as vozes...
as vozes  musicais se engolem e se silênciam.
A silhueta nua sente-se só e chora.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Potência e Ato nas Hélices do Ventilador: Poles

A criança chora no âmago quente da mulher...
A cidade monótona espera a aparição de algo...
O andrajoso sentado no paralepípedo espera
do ontem o amanhã...
As pessoas passam, todas anseiam...
algumas esperam, outras passam...
Mas todas anseiam...
O tempo delas variam, o esperar é variável,
é relativo, é incerto, é inconcluso é potência...
As almas das gente é cheia de tempos inconclusos e inoperantes...
O espírito delas imediatistas, giram com as hélices
do ventilador... sempre monótono, sempre insatisfeito...
A estética das damas é aberração às curvas da cidade...
A cidade girando, girando, vai retornando ao mesmo nada.
E embriagando-se com o vapor do dia,
dorme uma noite cheia de fumaça e buzinas esparsa e
gritantes.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Estrada

Na saudade da estrada cheia de vontades, a minha paz agora eu faço.
Andar pelas noites, pelas manhãs e na chuva que faz florir e conhecer o sabor do sorriso da paz.
Simplesmente cumprir a vida deve ser ir tocando em frente a composição de sua história carregada da capacidade do dom de ser capaz, pois agora estrada eu sou e pela longa estrada eu vou.