A pueira da rua se expande...
o som do saxofone a engole...
a mulher bêbada e excitada
deixa o copo cair...
O chão embriagado
com a baba dos andrajosos...
embebecidos com o sereno
vomitam a semente branca...
a flor sozinha na noite...
balança suas pétalas...
e seu odor é levado pelo vento.
os pombos defecam em seu polén...
A palavra na placa é cheia de geometrias....
e as silhuetas trafegam sobre pedras...
Outras empurram pedras.
E as pedras camuflam as sombras.
O abajur está ligado...
a cadeira balança de um lado
e, do outro, o corpo semi-nu se lança...
e um bofejo preenche a alcova...
A sua palavra revela o medo.
O medo é enquadrado no papel...
o papel é selva.
O pensamento observa a silhueta nua.
Lá fora passa uma arca...
veloz e extridente desperta as vozes...
as vozes musicais se engolem e se silênciam.
A silhueta nua sente-se só e chora.
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